sexta-feira, 29 de outubro de 2010

e depois de Ameixa?


Luís Pita Ameixa tem sido, em certa medida, um presidente importante para o PS do Baixo Alentejo. Estudioso, preparado, com um percurso público incólume, chegou a líder com naturalidade. O lugar estava-lhe reservado e ele, no momento que o partido tinha mais urgência, soube assumir a responsabilidade. Nos primeiros anos de liderança nem sempre conseguiu o apaziguamento interno que era preciso. Mas fez o seu caminho e soube estabelecer uma unidade que, por exemplo, deu ao PS resultados ímpares nas autárquicas de 2009.
Na hora de iniciar o derradeiro mandato, Ameixa assume uma transição que coincide com duas realidades e isso tira-lhe campo para compor o futuro! No país, o clima aponta para um certo “fim da festa”. E no distrito já se constrói um jogo de tácticas, com algumas figuras a espreitarem a possibilidade de chegarem à liderança. É legítimo e democrático!
Mas é bom que, quem queira entrar nessa corrida, perceba bem o gigantesco desafio que tem pela frente. Hoje, por razões que seria exaustivo explicar, o PS está necessitado de uma lufada de ar fresco. Precisa de revigorar a organização, acentuar e ser bastante mais eficaz na coordenação política, mobilizar mais e melhores quadros e assumir sem preconceitos a sua raiz ideológica.
Será um caminho exigente e muito delicado. Mas para um partido com a responsabilidade do PS, que tem hoje a maior influência na região, não há outra saída. E para os seus militantes, muitos deles ansiosos por dar esse passo em frente, a responsabilidade é acrescida: serão eles a determinarem o futuro e a decidirem que partido faz falta. A partir de agora, têm dois anos para prepararem o ciclo que segue.


[Correio Alentejo 29 de Outubro]

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