quinta-feira, 14 de outubro de 2010

os ciganos


A feira é a foz que torna Castro um imenso mar de ciganos. Como nas outras etnias, há ciganos fraternos e sérios, que respeitam quem os sabe respeitar. Mas também há aqueles ruins, que governam os espaços com o poder das quezílias e do recato que os outros assumem. Será respeito ou medo? Como no melhor manjar à nossa mesa, os ciganos são o sal que tempera as ruas de Castro nos dias da feira: se a porção for certa, a coisa corre bem; se for descomedida, pode tombar para o conflito. Num e noutro caso, os ciganos são alicerce indispensável da feira. Livres e aperaltados, começam cedo a marcar o seu território. Agora são poucos os que chegam numa carroça puxada a mula. Já têm Ford Transits que se aconchegam nas redondezas, com tendas e arraiais que têm vista para um negócio qualquer.

1 comentários:

Anónimo disse...

E os casamentos ciganos!..estão nas minhas recordaçoes de criança.Todos os anos ansiava pela feira,os casamentos tinham para mim uma magia,os vestidos de veludo,os adornos e os cantares,vivências de quem nasceu praticamente dentro da feira.
Já não é bem assim, mas gosto da feira mesmo assim.
joana

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