sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

"nogueiras" de Portugal


Um estudo que avalia o desempenho escolar de jovens de 15 anos em 65 países (PISA - Programme for International Student Assessment) concluiu que os estudantes portugueses, afinal, não estão tão mal quanto isso. O referido estudo mostra que, na apertada esfera dos 33 países da OCDE, Portugal foi quem mais evoluiu na leitura, matemática e ciências. E faz notar que estes resultados só foram alcançados graças às políticas adoptadas desde 2005, altura em que Maria de Lurdes Rodrigues assumiu a pasta da Educação no primeiro Governo de José Sócrates.
Neste período não se fez pouco! Entre muitas outras coisas, a data de arranque do ano lectivo e a colocação de professores deixaram de ser anedóticos. Surgiram as aulas de Inglês em todas as escolas a partir do 1º ano. Foi distribuído um milhão de computadores a alunos e professores. Foram criadas condições para que as escolas, ao contrário do que acontecia, tenham extensão de horário com diferentes actividades até às cinco e meia da tarde. Há aulas de substituição, refeições adequadas e obrigatoriedade no ensino até aos 18 anos (12º ano). E a oferta formativa fortaleceu-se bastante na área profissional.
Perante tudo isto, Sócrates fraquejou diante do valor meramente eleitoral da política: dispensou Maria de Lurdes Rodrigues, para indisfarçável contentamento do Sindicato de Professores e do seu dirigente emblemático, Mário Nogueira
Com sarcasmo, Nogueira já desvalorizou este estudo e os seus resultados, preferindo enterrar a cabeça na areia das suas inacabáveis reivindicações. Afinal, quanto vale uma entidade internacional e independente certificar o bom trabalho da antiga ministra? O que verdadeiramente importa, para os “nogueiras” deste pobre país, é a agenda político-partidária do sindicato e a imensa fileira de interesses corporativos que preferem continuar a defender.

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