Hoje, terça-feira, 25 de Janeiro, a Rádio Castrense completa 24 anos de vida! A par do Museu da Lucerna e dos grupos corais “As Camponesas”, “Os Carapinhas” e “As Ceifeiras” de Entradas, a rádio integra a Cortiçol.
Sucede que, nesta data simbólica, vai decorrer a tomada de posse dos órgãos sociais da Cortiçol – Cooperativa de Informação e Cultura de Castro Verde. Com um conjunto de pessoas que considero e estimo muito, assumirei a presidência da direcção, acompanhado pelo Carlos Vitoriano (Tesoureiro) e pelo Napoleão Mira (Secretário). O José Tomé lidera a Assembleia-Geral e o António Sebastião é o presidente do Conselho Fiscal.
Quisemos avançar para um projecto de ruptura com o passado recente. Para isso, apresentámos a candidatura “Um Novo Tempo”, com um programa concreto mas muito ciente das dificuldades.
Um dos propósitos que temos é abrir as portas da cooperativa! A Cortiçol será, a partir de hoje, uma casa mais próxima dos seus cooperantes, colaboradores e cidadãos do concelho de Castro Verde que queiram interessar-se e partilhar a sua actividade.
Por isso, divulgo aqui a motivação geral que preside a este projecto, que foi sufragado pelos cooperantes da Cortiçol numa das maiores assembleias-gerais dos últimos 15 anos:
UM NOVO TEMPO
Nos últimos anos, por razões diversas que não devem ser omitidas nesta fase, a Cortiçol remeteu-se a uma gestão casuística, sem visão integrada nem objectivos estratégicos.
Fizeram-se coisas boas! Mas fez-se pouco.
Neste enquadramento, a candidatura que agora apresentamos aos corpos sociais da Cortiçol é orientada por dois princípios elementares: reorganizar a cooperativa, assumir o seu grande potencial.
REORGANIZAR A COOPERATIVA
é a tarefa mais urgente porque, nos seus diferentes departamentos, emergiram fragilidades que tiveram preocupantes consequências no seu bom desempenho.
Precisamos de corrigir o que não está bem e criar uma estrutura mais profissional, que não abdique do rigor, para atingir objectivos muito concretos. Essa estrutura deve saber traduzir no terreno, com melhor competência e determinação, as deliberações tomadas pelo elenco directivo.
À equipa da Direcção caberá sobretudo definir as estratégias, programar as acções e o seu financiamento. E determinar a sua boa execução a partir de um novo organigrama criado no âmbito do actual quadro de pessoal.
Não é uma tarefa fácil! Porventura, parte significativa do primeiro ano do mandato será consumida com estas tarefas que, além de sanarem problemas latentes, serão o ponto de partida para um período novo.
ASSUMIR O GRANDE POTENCIAL
da Cortiçol porque, nestes quase 25 anos de serviço público, foi possível consolidar uma “marca” que pode e deve ser ajustada a novas realidades.
Basicamente acreditamos que é possível acentuar o conjunto de actividades que estão na origem e na alma da cooperativa, mas devemos fazê-lo com um novo modelo de gestão e uma dinâmica que não tenha pudor em assumir princípios empresariais.
Esse é o ponto de partida para solucionar problemas de financiamento: ter receitas próprias diminuirá os riscos de dependências e criará boas condições para potenciar melhor os nossos projectos.
Respeitaremos com rigor os princípios que estiveram na matriz fundadora da Cortiçol. E, ao mesmo tempo, saberemos tirar partido de ideias e projectos de anteriores equipas directivas, criando sinergias internas que engrandeçam a acção e acentuem a pluralidade da Cortiçol.